quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Rodovia da Morte - BR 381, ATÉ QUANDO?



Há poucos dias fui obrigado a passar pela BR 381, pois tive audiência em João Monlevade-MG, distante cerca de 120 km da Capital de todos os mineiros, minha querida Belo Horizonte-MG. E olha que nunca foi tão querida quando voltei são e salvo.

Fui realmente obrigado, porque já é de conhecimento público e notório, que a BR 381, é conhecida pelo macabro nome de RODOVIA DA MORTE. Como advogado comprometido com suas causas e seus clientes, logo cedo tomei rumo de João Monlevade, na companhia do Manoel, bom de prosa e de companhia. Seguiu comigo como preposto da empresa.

Desde adolescente que passo pela BR 381, ao contrario do Manoel, que apesar de já estar na fase dos quarenta e poucos anos, era a primeira vez que enfrentava os perigos da Rodovia da Morte. Já fui mal recomendado, pois já rodei uma vez na mesma BR 381, mas já no Estado do Espírito Santo há pouco tempo. Confesso que por imprudência, por chuva e por ignorância mesmo.

Segui viagem com cuidado e retornei com atenção redobrada, pois a volta sempre parece que é mais rápida e é mesmo, sempre se corre mais na volta. É a vontade natural de se chegar em casa, nada de extraordinário. Senti com a missão cumprida ao deixar meu já amigo Manoel são e salvo na sede da empresa em Contagem-MG.

Menos de uma semana depois, a BR 381 volta à manchetes nos noticiários nacionais, pois além dos perigos das curvas e da pista estreita, um Padre, possivelmente embriagado, provocou grave acidente, que contabilizou na hora quatro mortos e deixou três em estado grave.

Possivelmente embrigado, porque no seu veículo foi encontrada uma garrafa de vodka e uma de ice, que é bebida alcoólica, entre suas pernas. É inacreditável, mas é isso mesmo, meus leitores, o motorista que efetuou ultrapassagem pelo acostamento em alta velocidade, era um padre e acabou por perder a vida e ainda de passagem levou junto pessoas inocentes.

Não bastasse os perigos da BR 381, ainda há motoristas que vivem desafiando a sorte ou procurando o azar nas suas curvas. Infelizmente essa história quase sempre não tem um final feliz. Sinto pelas mortes, causadas unicamente pela imprudência, nada mais. Meus sentimentos aos familiares e amigos das vítimas.

Há anos que se pede a duplicação da Rodovia da Morte, no entanto, entra e sai presidente e nada é feito, portanto, deve o motorista fazer sua parte e dirigir com os maiores cuidados que puder dispensar. Sinceramente não creio que uma obra daquela magnitude seja feita tão cedo.

Voltando ao amigo Manoel, que não ele não fique esperando a duplicação da 381 para ir se banhar nas águas de Guarapari-ES, praia dos mineiros, pois ainda que na fase dos quarenta, ainda não teve o prazer de ver o Mar. Vá enquanto é jovem Manoel.

Até a próxima.

Um comentário:

  1. Realmente, o ser humano perdeu a noção da responsabilidade e amor ao próximo. Agindo com tanta irresponsabilidade, passam por cima do direito de vida e integridade física dos demais motoristas e transeuntes. O problema maior é a falta de Deus no coração do Homem! Parabéns pela matéria publicada!!!
    Abraço, Sandra Trajano

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